A Terapia Assistida por Animais (TAA) surgiu na Inglaterra, através da observação médica de como crianças antes socialmente reservadas, passaram a ter uma melhor integração social ao conviverem com cães.
A partir daí, a TAA passou a ser amplamente estudada e hoje seus campos de atuação são muito vastos e reconhecidos: vão desde a terapia de reabilitação de pacientes com distúrbios físicos ou comportamentais, à prevenção de estados depressivos e de enfermidades cardiovasculares, assim como com a simples finalidade de formação e educação de crianças em idade evolutiva. É comprovadamente uma técnica útil na socialização de pessoas, na psicoterapia, em tratamentos de pacientes com necessidades especiais, na diminuição da ansiedade de várias causas e no auxílio terapêutico de pacientes com doenças graves, tais como o câncer e o mal de Alzheimer.
Muitas espécies animais podem ser utilizadas para este fim e, entre elas, a eqüina e a canina ocupam papel de destaque. Com os primeiros, a chamada hipoterapia ou equoterapia é amplamente difundida em nosso país para o tratamento de pacientes com limitações físicas e mentais. Trata-se de um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.
O emprego de cavalos como agentes promotores acarreta ganhos físicos, psicológicos e educacionais para o praticante da Equoterapia. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, o ato de montar e o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima.
Por outro lado, os cães têm sido utilizados em projetos de educação, psicoterapia e/ou fisioterapia em pacientes idosos, adultos ou crianças, nas mais diversas situações físicas e psicológicas, com resultados bastante positivos.
O uso do animal como co-terapeuta deve ser organizado por grupos multidisciplinares envolvendo profissionais ligados à saúde humana (psicólogos, terapeutas, fonoaudiólogos, médicos, cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas) e profissionais especialistas em comportamento e saúde animal. Neste segundo contexto, o Médico Veterinário desempenha papel essencial no sentido de acompanhar as manifestações comportamentais do animal junto a adestradores e etólogos, assim como, no sentido de zelar pela saúde animal.
Portanto, os animais têm fundamental importância no desenvolvimento da humanidade, além de serem amigos para a vida toda que jamais nos decepcionarão ou abandonarão! Os exemplos expostos nesta e na edição anterior são pequenos, perto de quão benéfica e imensa a relação homem-animal pode ser.
Site do projeto Melhor Amigo, de ajuda ao Centro de Recolhimento de Animais de Lavras: www.projetomelhoramigo.com
E-mail: projetomelhoramigo@gmail.com / tel: (35) 8417-4847
Fabiane Ribeiro Costa Silva – Acadêmica de Medicina Veterinária – UFLA, responsável pelo Projeto Melhor Amigo.
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