quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Despertando a Consciência


Tantas vezes ficamos surpresos e irritados diante de certos comportamentos apresentados por nossos filhos, como se esquecêssemos que eles são educados por nós mesmos, que na maioria das vezes, são adultos se comportando seguindo exemplos de vida que foram lhes passados por quem os educou. Crianças têm por costume elegerem ídolos e muitas vezes tentam se igualar a eles. O que podemos esperar de crianças que passam boa parte da infância sentindo-se abandonadas, sendo alvo da falta de tempo, de carinho, de atenção daqueles com os quais convivem? Que tipo de comportamento podemos esperar de adultos que quando crianças eram constantemente alvos de gritos dirigidos por adultos estressados?
Como podemos exigir que nossos filhos sejam pessoas tranqüilas e serenas, se boa parte da infância e adolescência deles foi vivida em meio a tantas crises de irritabilidade de pais extremamente ocupados e intranqüilos? E muitas vezes, até mesmo violentos? Como esperar que eles se tornem adultos pacíficos, que tenham respeito pelo outro, e até pelos próprios pais, se quando crianças não foram respeitadas, e muitas vezes presenciaram cenas domésticas de extremo desrespeito e violência? Quando será, que os adultos finalmente irão compreender que foi na infância que começou a formação do caráter e da personalidade destes jovens, que tantas vezes agem, causando tanta estranheza? Quando será, que os adultos terão consciência disso? Quando será, que os adultos, responsáveis pela formação de crianças, irão realmente assumir a importância que desempenham na formação delas? Quem sabe, no dia que isto acontecer, quando passarem a ter uma postura mais ética, responsável, com verdadeiro respeito diante das crianças que estão sobre a sua responsabilidade, não terão mais tantos motivos de se surpreenderem com os comportamentos dos jovens que educaram!

Maria Aparecida Francisquini – Psicóloga
mafrancisquini@navinet.com.br


“Conduta de pais, caminho de filhos.”
(Provérbio)

Nenhum comentário: